Assista aos vídeos do YouTub.
Faça sua busca na Ueb.
Google
Arquivo do blogger escolha uma semana para ver postagens anteriores.
Neste chat podemos conversar instantaneamente com todos que estejam on-line.

MINHAS FOTOS

.

sábado, 30 de junho de 2007

O MUNDO NOS DEVE POR ISSO A REPARAÇÃO É UM DIREITO NOSSO.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) destinará 30% de suas vagas aos estudantes que tenham feito pelo menos metade do ciclo fundamental e todo o ciclo médio em escolas públicas. O sistema de cotas foi aprovado pelo Conselho Universitário por 43 votos a 27, depois de seis horas de debates, nesta sexta-feira, e será aplicado a partir do próximo vestibular, no início do ano que vem.

Os alunos negros ficarão com 15% da reserva e os demais egressos de escolas públicas com os outros 15%. Os índios serão contemplados com dez vagas, a serem criadas nos cursos para os quais houver demanda. O sistema vai passar por reavaliações anuais, que indicarão se haverá necessidade de mudanças a partir de 2012, quando termina sua fase inicial.

A UFRGS é a 17ª instituição federal de ensino superior a adotar ações afirmativas. Depois da votação, o reitor José Carlos Ferraz Hennemann foi comunicar o resultado aos cerca de cem manifestantes que estavam em vigília no pátio do prédio administrativo da universidade desde a noite anterior e chegou a gritar palavras de ordem com o grupo. “Queremos que os estudantes de escolas públicas venham fazer nosso vestibular”, disse Hennemann. “Agora eles terão mais chances de ingressar”.

A aprovação das cotas encerrou uma semana tensa na UFRGS. Na segunda-feira, pichadores anônimos inscreveram as frases “Negro, só se for na cozinha do RU (restaurante universitário)” no muro de um bar em frente à Faculdade de Direito e “Voltem para a senzala” na calçada da Escola de Engenharia. O delegado Gerson Mello instaurou inquérito e dirige uma investigação que quer chegar aos autores do vandalismo. O conselheiro do Movimento de Justiça e Direitos Humanos Jair Krischcke desconfia da ação de grupos neonazistas infiltrado na universidade.

O estudante Lúcio Centeno, do Comitê Pró-Cotas, disse que o fato não é isolado e que há mesmo um segmento fascista entre os estudantes. O grupo contrário às cotas também condenou as pichações. A votação desta sexta-feira também esteve ameaçada por uma medida judicial. Na noite de quinta-feira, a estudante Claudia Thompson conseguiu uma liminar da Justiça Federal para adiar a votação e dar mais tempo aos conselheiros para analisar a proposta elaborada pela Comissão Especial para Implementação de Ações Afirmativas. Alegou que havia recebido o texto na quarta-feira, a dois dias da votação, quando o regimento estabelece o prazo mínimo de cinco dias.

A reitoria conseguiu cassar a liminar no final da manhã desta sexta-feira, alegando que a nova reunião do conselho apenas complementava um encontro iniciado no dia 15 e suspenso justamente para dar tempo à apresentação de sugestões à proposta. O texto original era diferente do aprovado e previa a reserva de 10% das vagas para negros em 2008, 15% em 2009 e 20% de 2010 a 2018 como cotas raciais e mais 10% das vagas para egressos de escolas públicas em 2008, 15% em 2009 e 20% de 2010 a 2018 como cotas sociais.

Nenhum comentário:

Pesquise na ueb.
Entrastes a cavalheiro, e agora que tens que ir estas muito mais fera.

Espero que tenhas utilizado o conteúdo deste blogger de forma construtiva e enriquecedora, que o indique para seus amigos, que volte sempre. Sua opinião pode tornar este cantinho mais agradável. Utilize o e-mail a seguir: